Inicialmente não pretendia escrever uma crítica dessa animação, porém acabei assistindo o longa e mudei de ideia.
Muito esperado pelos fãs, o filme conta a história de Dory que parte em busca de sua família após alguns flashes de memória dos seus pais e da sua infância. O longa tem início na costa de corais, lar de Nemo e seu pai; só que agora existe um novo morador: Dory, que desde o final do primeiro filme ficou com os dois peixes palhaços. Porém alguns acontecimentos acabam por despertar memórias ocultas de Dory, iniciando uma nova aventura em busca de sua família. Mas é claro que essa aventura não será nada fácil, passando por lugares e criaturas sombrias; além de encarar o pior pesadelo de qualquer animal: humanos! Para enfrentar tudo isso novos amigos aparecem, com destaque o polvo Hank, o tubarão baleia Destiny e a beluga Bailey.
Logo de início fica claro que apesar dos esforços de produção e da ansiedade do público em revisitar o mundo criado em Procurando Nemo o novo filme não consegue alcançar o mesmo tom de originalidade e qualidade que marcou o seu antecessor. Basicamente o que vemos é uma continuação que apenas utilizou tudo aquilo que deu certo no primeiro longa adicionando pequenos elementos como os novos personagens. E são justamente os novos personagens que fornecem os melhores momentos da animação, com destaque para o polvo Hank, a beluga Bailey, o leão marinho Geraldo (que mesmo sem falas arranca as melhores risadas) e o pássaro Becky.
Em termos técnicos não há muito o que falar. Quando se tem o selo Disney-Pixar de qualidade já é esperada uma animação muito bem executada e amarrada, e Procurando Dory não nos deixa na mão quanto a isso: os gráficos são deslumbrantes e o roteiro muito bem amarrado, fazendo referências diretas ao primeiro longa.
Como já é de praxe dos filmes da Pixar o longa possui uma carga emocional considerável, maior que Procurando Nemo. Várias das cenas envolvendo os flashbacks de Dory com a sua família são bem tristes e nos fazem pensar sobre dificuldades e problemas na vida e como os nossos laços definem quem somos e como influenciamos os outros. Se você chorou com Up e com Toy Story então se prepare para ficar com os olhos marejados.
Com relação a dublagem não há nada do que reclamar, apenas para elogiar. Os mesmo dubladores da animação original voltaram para esse novo filme, e as vozes dos novos personagens forma muito bem escolhidas. Gostaria de destacar o trabalho de Antonio Tabet como o polvo Hank: sua interpretação caiu como uma luva para o personagem, sem o ar de ser uma dublagem forçada (como a que temos com outros artistas em tantas outras animações). Muito bom trabalho Antonio Tabet!
Uma animação tecnicamente muito competente, mas sem o ar de inovação e originalidade que marcou o primeiro filme, Procurando Dory não se arrisca e tenta apenas revisitar o universo de Procurando Nemo. Por causa disso o filme atingiu o status de apenas ser uma continuação e com toda certeza não será lembrada como umas das grandes animações do estúdio, se enquadrando como um filme mediano.
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