Inovadora e ousada. Estes são dois adjetivos que caracterizam muito bem o arco em questão. Escrito entre 1988 e 1989 por Jim Starlin e com artes de Jim Aparo (lápis), “Uma Morte na Família” criou um conceito diferente: a interação com os leitores, entregando nas mãos dos fãs qual seria o final da história.
A história, a qual é centrada no personagem Jason Todd (segundo Robin) e seu temperamento, tem início com um choque de ideologia entre o Menino Prodígio e seu mentor justamente por causa da violência empregada pelo garoto no combate ao crime, chegando quase a matar os criminosos.Como resultado o Cruzado encapuzado começa a se questionar se realmente agiu certo deixando Jason assumir o papel de Robin, gerando um grande conflito entre os dois que culmina no afastamento do garoto. Votando a sua velha vizinhança, Jason acaba por encontrar uma antiga amiga de seus falecidos pais, entregando ao garoto uma caixa com vários pertences de seu pai e sua mãe. Ao estudar todos os itens, Jason descobre algumas pistas indicando que a mulher que o criou na verdade não era a sua verdadeira mãe. Com isso, o jovem parte em busca da verdade, atravessando o mundo até o Oriente Médio. Ao descobrir no que o seu jovem parceiro estava se metendo, Batman parte no encalço do Robin.
Chegando em Beirute, a dupla dinâmica encontra a suposta mãe de Jason, alem de esbarrarem num grande problema: o próximo plano do diabólico príncipe palhaço do crime. A partir desse ponto a trama se torna mais complicada e sombria, culminando no rapto do Robin pelo Coringa e no desfecho marcante.
A trama em si não conta com um dos roteiros mais brilhantes, nem com alguns dos desenhos mais marcantes, porém a obra se torna obrigatória e clássica por causa da morte de Jason pelo Coringa, que acabou por afetar de forma direta todo o universo do Homem Morcego até os dias de hoje.
A história define muito bem o que foi os anos 80 para o Cavaleiro das Trevas. Com uma atmosfera mais sombria e temas mais adultos, a trama se tornou um dos símbolos da nova fase do Cruzado Encapuzado, alavancando as vendas e contribuindo para o herói se tornar a figura mais do que emblemática que é hoje
Além de tudo isso, a reavista inovou ao permitir que os leitores decidissem pelo futuro de um dos principais personagens do universo Batman, votando pela morte ou pela salvação de Jason Todd.
Uma obra que precisa estar na prateleira de qualquer fã, principalmente pelo peso que a história trouxe para o Batman.
Batman 366 – The Joker is Wild
Escrita em 1983 por Doug Moench e com traços de Don Newton, essa história concretizou o nascimento do segundo Menino Prodígio, marcando sua presença ao lado do Cavaleiro das Trevas.
Em meio a uma disputa entre rebeldes e o governo da Guatemala, Batman enfrenta o seu velho inimigo que está envolvido com o conflito do pequeno Estado. Em meio a isso, Jason Todd, que havia sido adotado a pouco tempo por Bruce Wayne, descobri o antigo uniforme de Dick Grayson; com a nova identidade em mãos, o jovem parte em socorro de Batman, o qual se encontra com problemas na Guatemala.
Com uma trama simples e desenhos que representam a transição da era de bronze para a Dark Age, a história se destaca pela presença do jovem Jason e pela adoção de sua mais nova identidade de combatente do crime. Dentre os aspectos mais curiosos da trama está o fato de Jason ser loiro e ser órfã de um casal de trapezistas (lembra alguém, não?). Tudo isso mudou com a Crise nas Infintas Terras, que trouxe um novo visual para o garoto, além de uma nova personalidade e uma nova origem (mais conhecida pelos fãs).
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